Mito 2: “VULNERABILIDADE NÃO É COMIGO” – Derrubando os mitos da vulnerabilidade.
Quando éramos crianças, costumávamos pensar que quando crescêssemos não seríamos mais vulneráveis. Mas crescer é aceitar a vulnerabilidade. Estar vivo é estar vulnerável.
– Madeleine L’Engle, escritora americana
Perdi a conta das vezes em que ouvi as pessoas dizerem: “É um tema interessante, mas vulnerabilidade não é comigo.”
E o comentário era logo reforçado por uma justificativa que levava em conta a profissão ou o gênero: “Sou engenheiro e detesto vulnerabilidade”, “Sou advogada e como vulnerabilidade no café da manhã”, “Homens não sabem o que é vulnerabilidade”. Acredite: eu já agi assim.
Não sou homem nem engenheira nem advogada, mas já repeti essas ideias umas 100 vezes.
Infelizmente, não existe um cartão com passe livre de vulnerabilidade. Não podemos optar por ficar fora da incerteza, do risco e da exposição emocional que perpassam nossa experiência diária. A vida é vulnerável.
Examine novamente a lista de exemplos do mito 1. Aqueles são os desafios de estar vivo, de estar em um relacionamento, de ter um vínculo.
Mesmo se resolvermos abrir mão dos relacionamentos e optarmos pelo isolamento como forma de proteção, ainda assim estaremos vivos e sujeitos à vulnerabilidade. Fazer as perguntas a seguir a si mesmo é bastante útil para quem se vê preso ao mito de que “vulnerabilidade não é comigo”. Se não souber responder, peça ajuda a alguém próximo.
1. O que eu faço quando me sinto emocionalmente exposto?
2. Como me comporto quando me sinto muito desconfortável e inseguro?
3. Estou disposto a correr riscos emocionais?
Antes que eu começasse a trabalhar essas questões, minhas respostas eram:
1. Tenho medo, raiva, assumo uma atitude crítica e controladora, quero fazer as coisas de maneira perfeita, com precisão cirúrgica.
2. Fico com medo, com raiva, assumo uma atitude crítica e controladora, fico perfeccionista, querendo fazer as coisas com precisão cirúrgica.
3. No trabalho, não me sinto nem um pouco disposta se há excesso de crítica, julgamentos, atribuição de culpa e humilhação. Assumir riscos emocionais com as pessoas de quem eu gosto sempre esteve relacionado ao medo de que alguma coisa ruim pudesse acontecer.
Quando fingimos que podemos evitar a vulnerabilidade, tomamos atitudes que são, muitas vezes, incompatíveis com quem nós realmente desejamos ser.
Experimentar a vulnerabilidade não é uma escolha – a única escolha que temos é como vamos reagir quando formos confrontados com a incerteza, o risco e a exposição emocional.
Continuamos com os mitos da vulnerabilidade no próximo post, o mito 3.
Do livro A Coragem de ser imperfeito de Brené Brown – Editora sextante
Derrubando os mitos da vulnerabilidade – mito 2
Mito 2: “VULNERABILIDADE NÃO É COMIGO” – Derrubando os mitos da vulnerabilidade.
Quando éramos crianças, costumávamos pensar que quando crescêssemos não seríamos mais vulneráveis. Mas crescer é aceitar a vulnerabilidade. Estar vivo é estar vulnerável.
– Madeleine L’Engle, escritora americana
Perdi a conta das vezes em que ouvi as pessoas dizerem: “É um tema interessante, mas vulnerabilidade não é comigo.”
E o comentário era logo reforçado por uma justificativa que levava em conta a profissão ou o gênero: “Sou engenheiro e detesto vulnerabilidade”, “Sou advogada e como vulnerabilidade no café da manhã”, “Homens não sabem o que é vulnerabilidade”. Acredite: eu já agi assim.
Não sou homem nem engenheira nem advogada, mas já repeti essas ideias umas 100 vezes.
Infelizmente, não existe um cartão com passe livre de vulnerabilidade. Não podemos optar por ficar fora da incerteza, do risco e da exposição emocional que perpassam nossa experiência diária. A vida é vulnerável.
Examine novamente a lista de exemplos do mito 1. Aqueles são os desafios de estar vivo, de estar em um relacionamento, de ter um vínculo.
Mesmo se resolvermos abrir mão dos relacionamentos e optarmos pelo isolamento como forma de proteção, ainda assim estaremos vivos e sujeitos à vulnerabilidade. Fazer as perguntas a seguir a si mesmo é bastante útil para quem se vê preso ao mito de que “vulnerabilidade não é comigo”. Se não souber responder, peça ajuda a alguém próximo.
1. O que eu faço quando me sinto emocionalmente exposto?
2. Como me comporto quando me sinto muito desconfortável e inseguro?
3. Estou disposto a correr riscos emocionais?
Antes que eu começasse a trabalhar essas questões, minhas respostas eram:
1. Tenho medo, raiva, assumo uma atitude crítica e controladora, quero fazer as coisas de maneira perfeita, com precisão cirúrgica.
2. Fico com medo, com raiva, assumo uma atitude crítica e controladora, fico perfeccionista, querendo fazer as coisas com precisão cirúrgica.
3. No trabalho, não me sinto nem um pouco disposta se há excesso de crítica, julgamentos, atribuição de culpa e humilhação. Assumir riscos emocionais com as pessoas de quem eu gosto sempre esteve relacionado ao medo de que alguma coisa ruim pudesse acontecer.
Quando fingimos que podemos evitar a vulnerabilidade, tomamos atitudes que são, muitas vezes, incompatíveis com quem nós realmente desejamos ser.
Experimentar a vulnerabilidade não é uma escolha – a única escolha que temos é como vamos reagir quando formos confrontados com a incerteza, o risco e a exposição emocional.
Continuamos com os mitos da vulnerabilidade no próximo post, o mito 3.
Do livro A Coragem de ser imperfeito de Brené Brown – Editora sextante
Ademildes Rodrigues
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